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Retorno de Jair Bolsonaro ao PP seria um "œsonho", diz Ciro Nogueira

Declaração do senador piauiense foi dada ao jornal Folha de São Paulo

22/11/2020 13:51

Presidente nacional do Progressistas (PP) e considerado uma das lideranças mais influentes no Governo Federal, o senador Ciro Nogueira comentou, entrevista à Folha de São Paulo, o desejo de que Jair Bolsonaro retorne aos quadros do partido, onde esteve filiado entre 2005 e 2016, para disputar a reeleição em 2022. 

Segundo o parlamentar piauiense, o convite “sempre” é feito ao chefe do Palácio do Planalto. “É um desejo enorme. Se nós estamos no projeto político é um sonho ter o presidente no partido (...) Ele diz que tem muita saudade do partido”, disse Nogueira ao jornal paulista, que já havia antecipado essa articulação ao O DIA em agosto.

Jair Bolsonaro ao lado de Ciro Nogueira, durante visita à Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (Foto: Reprodução/Ascom)

Naquela ocasião, Nogueira afirmou que a prioridade do presidente da República era a criação de uma nova legenda, mas que o PP seria uma das suas opções caso a Aliança Pelo Brasil não conseguisse as assinaturas necessárias para o seu registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Se não criar, vai ter que escolher outro para ser candidato, e ele sempre fala muito bem da possibilidade de voltar ao Progressistas”, pontuou.

Questionado pela Folha se a volta de Bolsonaro ao PP não seria um contrassenso, uma vez que sua desfiliação, já com intuito de ser candidato na disputa presidencial que viria a vencer em 2018, foi marcada por divergências com a direção partidária, o senador se mostrou pragmático.

Agora aliados, Ciro tem costurado apoio do PP ao presidente Bolsonaro, que tem retribuído com cargos no governo (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Jair Bolsonaro está sem legenda desde 2019, quando deixou o PSL também por desintendimentos com a cúpula nacional da agremiação. Ainda assim, Ciro Nogueira estima que a definição de uma nova filiação partidária do presidente não será resolvida a curto prazo.

Ele sugere que só haverá definição quanto ao novo partido de Bolsonaro no segundo semestre de 2021, mas antecipou que “o presidente tem um perfil de que se ele for para o partido do papa Francisco, vão criticar”, concluiu o líder parlamentar.

Por: Breno Cavalcante, com informações da Folha de São Paulo
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